domingo, 5 de maio de 2013


Gruta dos Brejões / Vereda do Romão Gruta dos Brejões / Vereda do Romão Gramacho

A Área de Proteção Ambiental Gruta dos Brejões / Vereda Romão Gramacho, abrange os municípios de Morro do Chapéu, João Dourado e São Gabriel, localizados na Chapada Diamantina, protegida pelo APA.
A Gruta dos Brejões tem mais de 7 km de extensão e 106 m de altura, por onde passa o rio Jacaré. Nos seus grandes salões, pode-se observar a rara beleza dos estalactites, cavidades naturais subterrâneas, sítios arqueológicos, com suas pinturas rupestres e fósseis.
A área apresenta ecossistema de caatinga com vegetação espinhosa, cerrado arbóreo-arbustivo com predominância de gramíneas, apresentando muitas espécies de cactos, bromélias, além das matas ciliares que acompanham as margens dos rios. Existem relatos na área, de animais raros e ameaçados, como a onça-pintada, a onça-parda e outros felinos, além de inúmeras aves, répteis e outros mamíferos.
Visando garantir a proteção dos seus atributos naturais, o Governo do Estado criou a APA GRUTA DOS BREJÕES / VEREDA DO ROMÃO GRAMACHO.
                         Vegetação típica da região
Sua entrada principal, tem 60 metros de largura e 123 de altura, é a segunda mais alta boca de caverna do país, pico perfeito para a prática de rapel ao longo do rio Jacaré com galerias e trechos que se submerge no interior da caverna. A luz natural só alcança os primeiros 150 metros e o resultado é um cenário deslumbrante de formas e cores. Importante sítio paleontológico, a caverna é muito procurada por romeiros imbuídos da fé religiosa graças à existência, em seu interior, de um altar, cruzeiro, imagens de santos e locais de oferendas. 
Altar no interior da Gruta
Segundo a população local, a Lapa dos Brejões teria sido descoberta em 1877. Com sua exuberância morfológica e grande valor paleontológico, seus primeiros achados no interior da gruta foram publicados em 1938 , mas grande parte do material recolhido foi perdida
Em 1967 estudantes membros da SEE-Sociedade Excursionista Espeleológica da Escola de Minas de Ouro Preto foram motivados a explorá-la e topografá-la. Em 1977 foram iniciados estudos sistemáticos pela equipe de paleontologia da Universidade Católica de Minas Gerais, tendo sido coletadas mais de 5 mil peças, pertencentes a preguiças, preguiças-gigantes, mastodontes, tatus, tamanduás, cavalos, roedores, aves, entre outros.
Em 1995 o Serviço Geológico do Brasil-CPRM descreveu e mapeou a Lapa dos Brejões como parte do Projeto Mapas Municipais-Município de Morro do Chapéu.

Em Brejões, há também vestígios bem mais antigos da presença do homem, expressos por pinturas rupestres e inscrições históricas. 
A Comunidade Quilombola Gruta dos Brejões e a gestão das Áreas Protegidas na Bacia do Rio Jacaré em 1985, abrange parte dos municípios de Morro do Chapéu, João Dourado e São Gabriel, em função das características geológicas e histórica com sítios arqueológicos e paleontológicos, com pinturas rupestres, ossadas de animais da mega fauna e de seres humanos que habitaram o local no período Pré-Histórico. 
Pintura rupestre
A aproximadamente 300 metros da entrada da Gruta dos Brejões se localiza a comunidade quilombola os Brejões, autorreconhecida oficialmente como quilombola em 13 de dezembro de 2006, composta por 39 famílias que vivem basicamente da bolsa família, da agricultura e da pequena criação gado caprino e bovino, a comunidade faz uso permanente da Gruta dos Brejões como santuário religioso, que atrai anualmente centenas de romeiros em função dos milagres atribuídos à Nossa Senhora dos Milagres, cujo altar fica no interior da gruta e à própria gruta.
De acordo relatos de alguns membros da comunidade, a existência da APA trouxe uma série de melhorias da qualidade de vida, como a abertura de estradas de acesso à região, a rede de energia elétrica e abertura de poços de água para abastecimento das famílias. 
Os brejões, próximo a Gruta


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