Gruta dos
Brejões / Vereda do Romão Gruta dos
Brejões / Vereda do Romão Gramacho
A Área de
Proteção Ambiental Gruta dos Brejões / Vereda Romão Gramacho,
abrange os municípios de Morro do Chapéu, João Dourado e São Gabriel, localizados
na Chapada Diamantina, protegida pelo APA.
A Gruta dos
Brejões tem mais de 7 km de extensão e 106 m
de altura, por onde passa o rio Jacaré. Nos seus grandes salões, pode-se
observar a rara beleza dos estalactites, cavidades naturais subterrâneas, sítios arqueológicos, com suas
pinturas rupestres e fósseis.
A área
apresenta ecossistema de caatinga com vegetação espinhosa, cerrado
arbóreo-arbustivo com predominância de gramíneas, apresentando muitas espécies de cactos, bromélias, além
das matas ciliares que acompanham as margens dos rios. Existem
relatos na área, de animais raros e ameaçados, como a onça-pintada, a
onça-parda e outros felinos, além de inúmeras aves, répteis e outros mamíferos.
Visando
garantir a proteção dos seus atributos naturais, o Governo do Estado criou a
APA GRUTA DOS BREJÕES / VEREDA DO ROMÃO GRAMACHO.
Vegetação típica da região
Sua
entrada principal, tem 60 metros de largura e 123 de altura, é a segunda mais
alta boca de caverna do país, pico perfeito para a prática de rapel ao longo do rio Jacaré com galerias e trechos que se submerge no interior da caverna. A luz natural só alcança os primeiros 150
metros e o resultado é um cenário deslumbrante de formas e cores. Importante
sítio paleontológico, a caverna é muito procurada por romeiros imbuídos da fé
religiosa graças à existência, em seu interior, de um altar, cruzeiro, imagens
de santos e locais de oferendas.
Altar no interior da Gruta
Em 1967 estudantes membros da SEE-Sociedade Excursionista Espeleológica da Escola de Minas de Ouro Preto foram motivados a explorá-la e topografá-la. Em 1977 foram iniciados estudos sistemáticos pela equipe de paleontologia da Universidade Católica de Minas Gerais, tendo sido coletadas mais de 5 mil peças, pertencentes a preguiças, preguiças-gigantes, mastodontes, tatus, tamanduás, cavalos, roedores, aves, entre outros.
Em 1995 o Serviço Geológico do Brasil-CPRM descreveu e mapeou a Lapa dos Brejões como parte do Projeto Mapas Municipais-Município de Morro do Chapéu.
Em Brejões, há também vestígios bem mais antigos da presença do homem, expressos por pinturas rupestres e inscrições históricas.
A Comunidade Quilombola Gruta dos Brejões e a gestão das Áreas Protegidas na Bacia do Rio Jacaré em 1985, abrange parte dos municípios de Morro do Chapéu, João Dourado e São Gabriel, em função das características geológicas e histórica com sítios arqueológicos e paleontológicos, com pinturas rupestres, ossadas de animais da mega fauna e de seres humanos que habitaram o local no período Pré-Histórico.
Pintura rupestre
A aproximadamente 300 metros da entrada da Gruta dos Brejões se localiza a comunidade quilombola os Brejões, autorreconhecida oficialmente como quilombola em 13 de dezembro de 2006, composta por 39 famílias que vivem basicamente da bolsa família, da agricultura e da pequena criação gado caprino e bovino, a comunidade faz uso permanente da Gruta dos Brejões como santuário religioso, que atrai anualmente centenas de romeiros em função dos milagres atribuídos à Nossa Senhora dos Milagres, cujo altar fica no interior da gruta e à própria gruta.
De acordo relatos de alguns membros da comunidade, a existência da APA trouxe uma série de melhorias da qualidade de vida, como a abertura de estradas de acesso à região, a rede de energia elétrica e abertura de poços de água para abastecimento das famílias.
Os brejões, próximo a Gruta
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